o precipício


O precipício parecia pequeno com você do meu lado
Fui indo aos poucos, indagado pela sua mão dizendo eu te seguro
Por um momento acreditei que poderia me entregar por completo
Uma impulsão no meu corpo estranha me levava
A um lugar desconhecido, que só você conhecia.

De repente você sumiu, me deixou jogado na escuridão
Não sabia o que fazer, não conseguia dar um passo a frente e para trás
A escuridão era tenebrosa sem sua luz a me guiar
Fui andando no vale desconhecido, como medo, e hesitante.

Vi muitas coisas,
Vivi o que não queria viver.
Chorei de tal maneira que doía no meu interior
Andei sem destino, sem nada a desejar
Cheguei a um ponto que me vi caindo
Caindo num precipício,
Não sentia o tocar do solo.

Lá fui vendo tudo o que eu sentia por você se desfazendo
Diluído com a água inexistente no momento
Água semelhante ao ácido
Que corroia o meu interior,
Fazia virar pó todos os sentimentos nutridos ate o momento.

Tentei segurar em galhos para ver se parava de cair
Foi em vão! Gritei seu nome você não me respondia
Não sei o que fiz,
Para me entregar assim novamente.

Espatifado no chão ficou meu corpo
Todo dolorido tentei reerguer-me, não consegui
Passos não iam, minhas pernas tremiam de dor
Meus olhos inchados pelo choro da alma,
Meu rosto, desfalecido com as dores do coração.
Estou preso de novo neste inferno chamado solidão.



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